Antes de todo o surrealismo, impressionismo e alegorismo ter surgido na arte contemporânica, já existia um artista italiano do século XVI que pintava muito à frente do seu tempo. Giuseppe Arcimboldo juntava vários objetos, animais, frutos e vegetais na sua pintura, dando origem a a rostos bastante renascentistas.
Muitos de nós conhecemos os retratos, mas não sabemos quem é o autor. E mais: não pensamos que quem pintou estes quadros já tenha vivido há quase 500 anos, de tão modernos que nos parecem.
Durante a sua vida Arcimboldo foi um artista de relevo: sabia que os frescos da catedral de Monza, em Milão, são, em parte da sua autoria? Trabalhou também para diversos reis: Fernando I de Viena, Maximilian II e Rudolf II de Praga e Augustos da Saxônia foram alguns dos seus clientes. Além de pintor, foi também decorador e estilista para as cortes mais prestigiadas da Europa.
Apesar da quantidade de trabalho mais tradicional que fez, os quadros que sobreviveram ao passar da História e que hoje conhecemos são aqueles em que os bustos dos nobres são "montados" com vegetais, frutas, raizes, animais e objectos quotidianos. Devido a estas pinturas estranhas para a época, há até críticos de arte que pensam que Arcimboldo era mentalmente perturbado ou louco.
A sua obra haveria de influenciar, mais tarde no século XX, os pintores surrealistas, sendo redescoberto por Salvador Dalí. Inclusive, em 1987 foi organizada em Veneza uma exposição de pintores surrealistas chamada "The Arcimboldo Effect". Octavio Campo, Shigeo Fukuda e Sandro del Prete são outros artista surrealistas que admitiram ser influenciados por este italiano renascentista.
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