Lança a tua luva aos pés do Desespero, e verás que não aceita o desafio. Sê – conforme a seiva que tiveres – e vencerás. Levanta-te das pedras que te feriram e deixa que o teu sangue as envergonhe. Não troques nunca o teu sorriso pelas lágrimas, se o anelo do fácil te segredar: “Basta!” Constrói-te com paciência até aos cumes, e não invejes a gente da planície. Não hesites nunca na Amizade pura, pois tu és o guardador de teu Irmão. Ama – em Branco, em Grande e em Bom – e terás asas. Desprende-te de quem te retiver por prisioneiro, mas não recuses a mão ao afogado. Compromete-te para sempre com a Esperança, e ela te dirá que és um Menino.
Encara a vida de frente e com ternura. Entende, longe e quente, meretrizes, banqueiros, calafates e ministros…, e todos buscarão o teu segredo. E se a quadriga moça do teu corpo freme - porque és Homem, porque és de barro, e porque és fraco - puxa as rédeas, meu valente, até à espuma, mas não te esqueças de que é pela Via-láctea que tu corres.
Encara a vida de frente e com ternura. Entende, longe e quente, meretrizes, banqueiros, calafates e ministros…, e todos buscarão o teu segredo. E se a quadriga moça do teu corpo freme - porque és Homem, porque és de barro, e porque és fraco - puxa as rédeas, meu valente, até à espuma, mas não te esqueças de que é pela Via-láctea que tu corres.
[ Maria Lucília Bonacho ]
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