O sonho de liberdade, desde sempre, moveu o coração humano.
O dia 13 de maio acentua os 122 anos da Assinatura da Lei Áurea que declarou extinta legalmente qualquer forma de trabalho escravo no Brasil. Foi um fato marcante para nosso País, mas que exige um complemento, pois a abolição da escravatura é uma obra inconclusa, devido às precárias condições de vida da população negra.
O sonho ainda não se completou. Há ainda feridas não cicatrizadas e cicatrizes ainda doídas, pois “nenhuma sociedade passa impunemente por quatro séculos de escravidão”. A riqueza do Brasil Colônia e Império foi construída, principalmente, pelas mãos dos negros e negras que foram feitos escravos. A memória desse fato motiva a sociedade a estar ciente da dívida que ainda tem para com os descendentes dos povos africanos.
A Abolição da Escravatura não foi acompanhada por medidas de inserção dos afro-brasileiros na sociedade como portadores de direito. Não significou a melhoria nas condições de vida dos descendentes desse povo. Somam-se a esta situação a ameaça à sobrevivência, a desconsideração à cultura e à tradição herdadas.
Renovamos neste dia a sua solidariedade para com os afro-brasileiros, e o irrestrito apoio a políticas publicas afirmativas em prol da melhoria de suas condições de vida, sobretudo da população Quilombola. Garantir a esta população a legalização do seu território significa muito mais do que garantir um pedaço de chão: é a certeza de preservação da herança e da cultura de tradição afro-brasileira presente nessas populações.
É preciso aprofundar ainda as políticas afirmativas de inclusão social do restante da população afro-brasileira, especialmente as crianças e jovens. Isso passa por uma educação básica de qualidade, pelo acesso ao ensino superior gratuito e pelo atendimento qualificado nas questões de saúde.
Comemore você também esse dia, independente da sua cor. Estar livre da escravidão faz de todos nós pessoas melhores. Lute você também contra o preconceito afinal de contas, toda forma de preconceito é sinal de burrice.
Viva a cultura negra! Axé para todos nós!
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