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"Somos formados e moldados pelos nossos pensamentos. Aqueles cujas mentes são construídas sobre pensamentos altruístas espalham alegria através de suas palavras e ações. A alegria os segue como uma sombra e nunca os abandona.” (Buda)

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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Platão

Platão (428-347 a.C.) tinha 29 anos quando Sócrates teve de beber a taça com cicuta. Fora discípulo de Sócrates por muito tempo e seguiu atentamente o processo instaurado contra ele. Esse filósofo herdou de Sócrates muito de suas preocupações morais. Grande parte de sua obra tem como tema a boa convivência dos homens em sociedade. Segundo o pensamento platônico, o desprezo à razão conduz apenas à valorização das paixões pessoais, da imprudência e da agressividade, o que resulta em ação violenta contra o próximo. Quando o homem deixa-se levar pela paixão, pelos prazeres do corpo, pela busca sem limites das satisfações físicas, ele estará exercendo violência contra si mesmo porque estará sendo irracional.

Segundo Platão, a realidade está dividida em duas partes: Uma parte é o “mundo sensível” - de que só podemos atingir um conhecimento impreciso e imperfeito, e onde usamos os nossos cinco sentidos (tato, audição, visão, paladar e olfato), que, para Platão são imprecisos e imperfeitos. A característica do mundo dos sentidos é que "tudo flui" e conseqüentemente nada possui estabilidade, ou seja, as coisas materiais, são meras aparências, estão sempre se transformando.

A outra parte é “o mundo das idéias” - de que podemos alcançar um saber certo usando a razão. Este mundo das idéias não pode ser conhecido através dos sentidos. Em compensação, as idéias (ou formas) são eternas e imutáveis. A realidade de tudo estaria no mundo ideal. Haveria ideias sobre seres vivos, foras, cores, características da matéria, etc. Para expressar esses dois mundos e suas diferenças, Platão criou o Mito da Caverna.


Platão afirmava ainda que os seres humanos fossem compostos por corpo e alma, sendo que a alma era a parte mais importante e mais real. Ela era imortal e eterna, existindo desde sempre no mundo das ideias. Antes de reencarnar as almas conheciam todas as ideias, pois estava junto delas, mas, ao encarnar num corpo, ela passaria por um processo de esquecimento. Durante a vida a alma se lembraria das coisas. Esse processo da alma relembrar-se, ao invés de aprender, era chamado de Reminiscência. De acordo com este processo, a criança não aprenderia a falar, ela relembraria como se fala. Platão afirmava ainda que a alma divide-se em três partes:

* Parte Racional: Alojada na cabeça, era a guia da alma, conhecedora da verdade e reuniria a inteligência, a lógica e a moral.

* Parte Emocional: Alojada no peito, conteria as emoções superiores como a honra, o ódio à injustiça e obedeceria fielmente à parte racional.

* Parte Sensual: Alojada no abdômen e partes adjacentes, era rebelde e corresponderia aos desejos inferiores e carnais e era por isso, desordenada e inquieta

Isso é bem exemplificado no Mito do Cocheiro: Uma carruagem é puxada por dois cavalos comandados por um cocheiro. O guia, o cocheiro é a alma racional, o cavalo bom e obediente é a alma emocional e o cavalo bravo e desobediente é a alma sensual.

Platão acreditava que os filósofos precisavam ocupar a posição de quem decide o que deve ser feito na cidade, criando leis e controlando as atividades dos membros da mesma. Eles seriam como a parte racional da alma. Nessa cidade haveria também grupos de guerreiros ou soldados que se caracterizam por sua força, sua integridade e pelo seu grande amor pelos sentimentos que Platão considerava os mais nobres: fidelidade, bravura e aversão à torpeza. Esses corresponderiam à parte emocional da alma e colaborariam obedientemente com os filósofos governantes. Finalmente, haveria os homens que, por meio de seus diferentes trabalhos, garantiriam o sustento da cidade: pastores, agricultores, artesãos, construtores e tecelões. Esse grupo corresponderia à parte sensual da alma por ser movido pela ambição do lucro e não pelo desejo do bem.

Bibliografia consultada:
CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São Paulo: Ática, 2005.
GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das letras, 1995.

Um comentário:

Jesa disse...

o que me chamou a tenção em platão e sócrates é a parte que eles falam da razão, relmente o que vemos hoje é que as pessoas usa mais a sua parte emocional e a parte sensual e o nosso país é governado por pessoas assim,e por conta disso percebemos quantas são as pessoas que por usarem a parte emocional tem causadas tantas guerras,ódios uns dos outros sem mesmo conhecer só o fato de existirem já é um motivo,sem falar da corrupção que também isso é levado pela parte emocional o amor as riquezas de querer sempre mais,um sentimento emocional desem freados ai eu pergunto onde fica a razão nisso tudo?