A principal contribuição de Santo Ambrósio para o pensamento cristão foi estabelecer com firmeza as ligações entre o Estado (o Império) e a Igreja. Tornou-se necessário determinar como as duas instituições deveriam se relacionar, pois o cristianismo já exercia na sua época, no início da Idade Média, uma influência significativa na política. O Estado passara a depender do grande poder moral e espiritual que os padres (especialmente os bispos) exerciam sobre os cidadãos.
Santo Ambrósio foi talentoso em sua atuação como líder da igreja e hábil político. Escreveu várias cartas para os diferentes governantes que administravam o império nas quais dava conselhos, fazia reivindicações para a Igreja e os cristãos e os advertia para que eles se portassem segundo a moral cristã. A justificativa utilizada por Santo Ambrósio para exercer sua autoridade de intervir nos assuntos de Estado provinha de sua condição de representante da Igreja fundada por Cristo e, portanto, ser mediador entre Deus e os assuntos humanos; como bispo, ele era instrumento por meio do qual as bênçãos ou condenações divinas eram aplicadas.
Segundo ele, assim como todo cidadão devia prestar serviço militar, o imperador da mesma maneira deveria submeter-se à verdade revelada por Deus. Santo Ambrósio aceitava a autonomia do imperador para governar, mas avisava que se ele exigisse dos cristãos que agissem de maneira contrária aos ensinamentos de Cristo, não encontraria mais na Igreja o reconhecimento de ser ele homem digno de receber as bênçãos de Deus.
Um comentário:
Muito obrigado voce me salvou vai cair sobre ele no teste
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